Quando tudo parece estar perdido, você encontra um grande amor. Quando tudo parece um sonho você acorda e descobre que o amor se foi e que tudo está perdido novamente. O que é o amor? Quais as consequências de viver intensamente esse amor? Como se tornou tão surreal essa jornada em busca de ser intensamente feliz ao lado de alguém? Sente-se à mesa e alimente a imaginação... Sejam bem-vindos!
Existem pessoas que estabeleceram a unidade, sempre ignorando a possibilidade de par. Chamados de solteiros convictos, são invictos, nunca perdem e parecem sempre vencedores colecionando troféus. Vale tudo e todos, só não vale se apaixonar. Nessa aventura de começo emendado ao fim, parece não haver limites e nem riscos. No máximo, os riscos existentes são sobre os nomes das vítimas em um caderno amarelado pelo tempo. Afinal, nunca vi um caçador que não abata a sua caça.
Desejo sorte a alguns desses solteirões convictos, imaginem quantas pragas são emanadas a estes. E olha que praga de mulher magoada pode atrasar a vida deles por pelo menos dois finais de semana. Pura seca! Mas, num todo, é admirável tamanha desenvoltura, a habilidade de conquista é digna de um jogador de Poker. Aposta alto, manda um blefe e leva tudo. O problema é que alguém vai ficar sem nada, sem ao menos um telefonema no dia seguinte. Mas se há vencedor, do outro lado tem que haver perdedores.
Vida de jogador de xadrez não é com eles, aquele negócio custoso de traçar estratégia, medir os riscos de cada movimento e ainda ter que proteger a “Rainha”. Definitivamente, isso é coisa pra quem pode dedicar tempo, compromisso e envolvimento.
A evolução sentimental está em retrocesso, o homem retomando o seu instinto mais selvagem e voraz, marcando novos tempos com um remake do início da humanidade. A diferença é que hoje, o “Homem das Cavernas” tem um apartamento confortável e não sai arrastando as mulheres pelos cabelos, eles as arrastam pela fragilidade e pela carência.
O único momento em que podemos lançar mão do nosso amor próprio é quando recebemos o amor incondicional. Amores que se fundem em uma única causa... Felicidade.
O "Amor" não deveria ser uma moeda de troca. Atualmente o que mais se vê é o comércio imoral dessa nova moeda. Pessoas se vendem barato demais, é como se o caráter, a integridade e a moral estivesse à venda. Existem as mais diversas situações em que podemos perceber esse tipo de comercialização. O tão sonhado amor incondicional é artigo em extinção. O que está acontecendo com as pessoas? A essência do amor que pudemos desfrutar durante séculos, o saudoso romantismo, se perde mais e mais a cada dia nessa retração do compromisso.
Hoje as pessoas ficam - na verdade elas não ficam - elas caminham na contramão dos conceitos básicos de:família;tradições; bons costumes. Aprendemos a conviver com um novo tipo de solidão, aquela em que estamos com todos e ao mesmo tempo sem ninguém. Ainda há pessoas adeptas desse novo estilo de relação mesmo acreditando no amor. Mas são egoístas demais para renunciar esse leque de opções existente no mercado. Afinal, difícil é encontrar alguém que queira compromisso sério.
As pessoas parecem produtos que se expõem em prateleiras ao alcance das mãos. Talvez a base familiar tenha enfraquecido em meio a um mundo cada vez mais globalizado. A velocidade com que a informação entra em nossas casas em tempo real e sem filtro é perigosíssima. A internet acabou virando uma ferramenta poderosíssima, formadora de opinião e articuladora de debates. É preciso ter muito cuidado com a forma e o com o conteúdo que navega nessa rede do bem e do mau.
Estamos presos a essa inovação e com pena máxima, vivendo na solitária.
Se libertar de tudo isso? Só se for por bom comportamento.
Todo mundo sabe por que os relacionamentos começam, mas sempre ficam aquelas dúvidas do por que eles acabam. Cada situação gera uma resposta e cada resposta gera diversas dúvidas. O maior causador dessa dúvida é o simples fato de existirem três verdades. Cada metade dessa história tem a sua própria verdade e a terceira é a verdade absoluta dos fatos.
Na visão macro do assunto, as separações se dão principalmente devido à falta do respeito e da cumplicidade. Ser cúmplice é simplesmente se dotar do respeito em aceitar a maneira de ser, de pensar e de agir do seu par. É debater as diferenças com diálogo e permitir que se entre num consenso em que ninguém tenha que se anular, mesmo porque as pessoas não mudam da noite para o dia.
Pessoas que tem maturidade conseguem unir essas qualidades com mais facilidade, mas precisam estar dispostas a seguir na serenidade para evitar conflitos causados pelas diferenças inevitáveis entre o casal, mesmo por que somos indivíduos dotados de percepções e personalidade repletas de singularidades.
O amor é o sentimento mais nobre do mundo e está diretamente ligado a todos os outros que podemos nutrir, devido a isso ele acaba sendo o mais frágil. Há quem acredita que a paixão é o desequilíbrio do amor, talvez seja uma premissa verdadeira, um sentimento mal alicerçado não conseguirá perdurar e o desabamento será inevitável. Quando o amor desmorona é muito pior do que quando ele se esvai lentamente, o impacto nos lança nas profundidades da dor, tornando o resgate muito mais árduo.
Quando o amor “vem abaixo” é preciso esquecer a mão de obra contratada, deixar de culpar os empreiteiros, esquecer o desperdício de tempo e matéria humana investida. Devemos reorganizar as ideias, recolher todo o entulho deixado, nivelar o solo e deixá-lo pronto para receber uma nova estrutura. O ser humano tem uma capacidade incrível de reconstruir. Então, mãos à obra.
Passeava numa praça, distraído e descomprometido. Sabe aqueles passeios que damos para tentar preencher o ócio. Éh! Foi em meio a esse marasmo que a transformação aconteceu. Ela estava ali...linda, pura, graciosa, radiante. Ceguei-me diante de tantos atributos, só conseguia apurar duas coisas: uma imagem (a dela); uma informação (a quero). O receio, o medo e o desespero tomaram conta dos meus sentidos quando ela se preparava para sumir do meu alcance e da minha vida. Só então me dei conta de que ela estava acompanhando uma criança que brincava sobre duas rodinhas. Então a frustração quase dominou os meus sentidos...seria ela casada? Meio perplexo com minha dúvida virei toda a minha atenção para o detalhe em suas mãos delicadas e jovens, notando que não havia nenhuma aliança, e sim... esperança.
Ela sumiu ao dobrar a “esquina do destino”, isso mesmo, porque ali meu destino se definiria. Diante das circunstâncias, ou me curvaria ao fracasso de não ter tentado nada para fazer valer a minha existência, ou poderia me juntar aos vencedores, que mesmo diante da possibilidade de derrota, se vestem de coragem para encarar os desafios da vida.
Mas é somente isso o perfil de um vencedor? Não sei medir a intensidade da vitória, mas sei que para vencer é preciso estar disposto. E eu estava. Optei absoluto e determinado pelo caminho da vitória, seguindo “meu sonho” até a sua morada. Toquei a campainha torcendo para que ela quem viesse me atendere vibrei quando seu rostinho corado apareceu em meio aquela penumbra em sua garagem. Não lembro ao certo o que disse, mas sei que foi difícil convencê-la dos meus desatinos, que eram os responsáveis por tamanha estranheza, que acabava por justificar tão súbita coragem e destemor... Eu estava ali em busca de amor.
Naquela noite consegui depois de árdua luta e na insistência de quem persevera sempre, seu número telefônico. Liguei depois de uma semana e fiquei surpreso quando ela me interpelou: “- Pensei que você não fosse mais ligar.” Sim, meus caros. Ela esperara a semana inteira para sorrir meu riso, para compartilhar tantas ideias e ideais. Foram momentos impagáveis! Romantismo e cumplicidade jamais vistos por mim. Tudo tão recente e tão intenso. Foi inevitável! O sentimento mais nobre do mundo apareceu! E, no primeiro encontro, depois de duas semanas dessa jornada telefônica, começamos a namorar.
Mas, quem disse que o amor é livre de todo o mal? Amém!
Foram exatos 15 meses de paz, tranquilidade e todos os bons sentimentos que sempre cultivo dentro dos meus relacionamentos. Depois disso o mundo parecia conspirar pro nosso infortúnio, as pessoas ao nosso redor começaram a se incomodar com nossa felicidade. Muitos contribuíram para o nosso rompimento. Uma sequência de problemas, brigas e discursões atenuaram os conflitos... Era o fim que se anunciava e parecia inútil lutar contra tudo e todos. O amor é assim, parece ter seu ciclo de vida - Nasce, cresce, briga e morre!
Depois de um tempo a gente começa a entender por que sonhos viram pesadelos, por que amor vira mágoa (ódio), por que amizade vira inimizade, por que carinho virá desafeto. Simplesmente por que o ser humano é totalmente insaciável, e para manter as coisas serenas e estáveis é preciso ter um autocontrole sem precedentes. Nunca ficamos satisfeitos, sempre queremos mais, e cada vez mais, damos pouco de nós. O amor não acaba ele se desfaz pra se refazer em outra pessoa. O sentimento é único e direcionável, basta apontar pra alguém e serás capaz de se iludir a ponto dele transbordar no seu peito. Administrar isso? É outra história! Se vai valer a pena? Compete em maioria na sua escolha. Pondere para que não erre. Seja mais criterioso na hora de escolher sua outra metade. Fazendo isso não garantirá a eternidade, mas com certeza seu relacionamento com esse alguém será bem mais proveitoso e duradouro.
Qual a idade certa para amar alguém? Não sei! Talvez tenha acontecido tudo prematuramente para mim, tanto que aos 7 anos de idade me apaixonei perdidamente por uma menina de louras madeixas encaracoladas, nariz empinado e olhar plácido. Sabe aqueles retratos que fazemos questão de guardar na memória! Pois é, jamais esquecerei aquele rostinho angelical.
Em um belo dia, na hora do recreio, estavámos no pátio da escola quando corri para abraçar aquela que havia se tornado a minha primeira namorada. Acontece que eu era um garoto aficcionado por miniaturas de automóveis, e naquele dia estava feliz e radiante por ter ganhado uma Mercedes Conversível. Posso dizer que a "Dona Mercedes" foi pivô do meu primeiro desamor.
Antes de abraçá-la estava brincando com a bendita miniatura, foi aí que tudo aconteceu. A mercedes estava na minha mão na hora do abraço e acabou engatando no cachos dela. Eu, desesperado em recuperar o meu brinquedo predileto, comecei a tentar puxá-lo de volta. Ela, desesperada com a dor que deveria estar causando, começou a sacudir a cabeça para tentar derrubar o bendito pedaço de metal com rodinhas. Conclusão: como estávamos perto do muro da escola e esse muro era cheio de frestas, entre uma saculejada e outra o carrinho se desprendeu e passou por uma fresta do muro caindo do lado de fora da escola, um menino que passava na calçada juntou o brinquedo, levando não somente a mercedes, mas também o meu estado feliz e radiante de brinde.
Depois daquele fatídico momento fiquei sem carrinho, sem namorada e sem entender como o amor pode acabar tão rápido.