quinta-feira, 2 de abril de 2015

Se faltar calor, sobreviva! Ninguém morre de amor, mas morre de frio.


Às vezes a vida parece um eterno brilho, vivendo os seus mais belos e ensolarados dias. Mas, por frações de segundos o tempo e o vento mudam, assim como os rumos daqueles destinos. O céu, agora cinzento, fechou o horizonte em rajadas de vendaval, levando qualquer certeza daquele futuro tão planejado; tão promissor; tão certo; tão real.

Não entendo como o coração pode se quebrar e o amor continuar vivendo; só que dessa vez fora de controle, fora de si, fora de nós. Pedimos pro Sol voltar, choramos por calor, calamos por chorar e no final das contas o tempo não vai voltar. Depois que a tempestade passa saímos de nossa ilusória proteção em busca dos pedaços na esperança de juntar um pouquinho do que ali existia. Quanta inocência nos traz a perda, nem nos damos conta de que nada que ali havia irá refazer-se.  Afinal, um dos papéis que a chuva em enxurrada exerce é o de levar os rastros e de lavar a alma jaz ao chão.
É exatamente lá no chão que recomeçamos depois de um tombo. Por lá muitos ficam ou se perdem acreditando não haver mais o que se esperar. Porém, mesmo que tenha sido a morte o algoz do seu coração, tirando dos seus braços o amor fugaz, nunca deixe que te levem o que há de mais bonito em você, seja o brilho dos olhos, seja a vontade de viver. A vida nos dá! A vida nos tira! Mas, no final das contas o que fica são  as suas vitórias, as suas derrotas e a sua persistência como história dos seus dias.
Não importa quantas vezes a vida o leve ao chão, levante sem se importar com as marcas no seu corpo e na sua alma, elas são a sua obra sendo escrita e a própria razão de suas conquistas.

Há tempos em que o tempo não tem tempo pra passar tão devagar, daí a noite vem e mesmo que se mova os ponteiros, o tempo continua ao seu tempo e não fará luz no seu coração , não agora.   O relógio marca, porém, o tempo é liberto. Existem marcas no seu peito, pois a dor aprisiona e o amor se faz prisioneiro. O relógio não fará a dor sucumbir, o amor não fará o tempo parar. O que sei é que nem tudo passa, mas o tempo... o tempo passará.



Aníbal Amaral


sexta-feira, 11 de maio de 2012

A Dália é um tipo de flor! Eu digo que é amor!



A Dália é uma flor que requer cuidados. Precisa ser cultivada em clima ameno; quando se está frio necessita de 4 horas de sol pleno; em clima quente recomenda-se o cultivo à meia sombra. Seu solo deve estar sempre úmido, sem encharcar. Requer proteção contra ventos e deve ser adubada a cada três meses. Sabem qual é a compensação disso? Bom, produz flores isoladas na primavera e no verão, em várias cores.

O que nos leva a empregar tantos cuidados, tempo e dedicação por alguns momentos de desabrochar?

Talvez seja pelos mesmos motivos os quais nos dedicamos, cuidamos e nos desprendemos para estar com a pessoa amada, mesmo que a maior parte desse tempo seja repleto de momentos "espinhosos".

Vale lembrar que existe a lei da compensação! Talvez, por mais árduo que possa ser conviver com o mau humor do ser amado, um minuto do sorriso mais sincero emana uma beleza que reabilita o ser. E o ciclo se renova e se mantém sustentável.

O amor é assim e definitivamente a mulher pode ser considerada uma "flor".

O jardim é vasto e existem "flores e flores". Geralmente nos atraem as flores que estão desabrochadas, floridas, viçosas. Com o passar do tempo as pessoas tendem a relaxar e as pétalas vão caindo.

Encontrei uma Dália em pleno desabrochar. Quanta beleza pude apreciar. Em seu solo fértil quis plantar sonhos, desejos e esperança. Ah! Quase revivi a minha infância de tanto arfar inocência no meu sentir. Às vezes a vida parece uma máquina temporal que se ativa quando aspiramos nossos melhores sentimentos. Em certos momentos nós estamos voando alto nos pensamentos, sonhando com o futuro ou ainda, por muitas vezes, nos pegamos viajando no passado.

É incrível quantas analogias podemos fazer desse "filme" chamado - vida?  Parece que os relacionamentos estão se tornando apenas um Remake, pois os erros ainda são os mesmos, na verdade a única mudança que se nota é as dos protagonistas e trilhas sonoras. Muitas vezes a capacidade das pessoas em se manter teimosas nos remete a essa leve sensação. Deveriam fazer a filmagem de um "longa" que durasse para todo o sempre, sob o título - "Alguém tem que ceder".


"Lindo será o dia em que todo amor durar mais que a vida!"


Aníbal Amaral


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Angel da Silva Amorim... meu "nó cego " querubim.

No que tange a relacionamentos, creio que o ser encarregado do meu destino é um cômico nato, o anjo querubim da Silva Amorim, sei lá o nome desse danado cupido que ensaia os meus romances. O que sei é que ele só pode ser um brincalhão. Decerto meu destino tem um "q" de comédia, ele me faz chorar de rir, melhor, rir pra não chorar?


... Depois de tanto almejar, enfim que consigo falar com tão desejada pessoa. Havia a procurado pelos quatro cantos, mas acabava a encontrando somente nos meus pensamentos até que num ensolarado dia nos encontramos. Nossa! Rimos muito! Meu cupido deve a ter escolhido por essas similaridades. Nossa conversa fluía, o contentamento ascendente, parecia haver uma magia entre nós dando forma ao nosso enredo, a nossa história. Peraí! Nossa história?...

Na verdade parecia, mas acabei descobrindo pela sua singular sinceridade (mesmo motivo que ela me cativava), que ela pertencia a um alguém. Agora vos digo amigos: - Não acreditem no que não veem na internet. Se não houver o status ...ando (ficando, namorando, enrolando, bitocando, flertando, beliscando, aproveitando, se atracando e tantos outros "andos" da cultura brasileira) não se atreva a uma investida, se poupe ao papel de coadjuvante quando na verdade achava que estava para levar o Oscar nas categorias: melhor roteirista; melhor ator; melhor fotografia; melhor música... música?  Verdade, nossa história tinha uma música, atípica em seu contexto, mas ainda sim era uma música. "Welcome to the jungle" ou mais conhecida por nós como tananananana ninnn, mas essa é outra estória e isso é um blog e não um livro.

Não estou triste por ela ter alguém, estou chateado por ela se privar do melhor.  Ela sabe disso, o tempo vai passar! Eu sei. A questão é: quem haverá perdido tempo?  Eu só ganhei mais tempo de me tornar melhor pra ela.

Não se iluda só por que a outra pessoa é interessante, irritantemente bonita, cheia de gestos deliciosos, olhar sutilmente voraz ou qualquer dessas bobagens que enlouquecem a gente. Afinal, isso não é nada. Mentira!!! Isso é extremamente maravilhoso e essencial. Mas, não é para você! É para você sim! Vai lá, pegue-a em seus braços e corra ou então corra desses delírios e desejos. Cara, faz o seguinte, corra de você. Que tipo de cara dá conselhos a outro para concorrer pela mulher do concorrente que nem sabe que está concorrendo ao que já tem? Isso é confuso.

O sentimento entre homem e mulher é incrivelmente-  ado, oras é engraçado, outras desgraçado. Enfim, é muito bonita essa magia entre nós que nos faz às vezes ter o desejo de ser mágicos para sumir ou fazer o outro sumir quando a coisa fica feia. Mas, mesmo assim ainda é o que há de melhor no mundo, ter com quem dividir, compartilhar, contar... o amor é estranhamente sensacional.



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mentira! Me tira dessa!

         

           Mentira, qual é a verdade sobre a mentira? Existe verdade?
          Todos nós a conhecemos, mas somos tolos em acreditarmos que uma mentira, é nada mais nada menos que uma simples inverdade. Metade! Dividimos o mundo ao meio, o que é certo e o que é errado. E vos digo, mentir é errado. Pequena ou grande as consequências de uma mentira, por mais inocente que ela possa parecer, pode trazer consequências avassaladoras. Nos relacionamentos não é muito diferente. Quando nos sentimos “presos” às circunstâncias do compromisso, tendo aquela mente ainda esvoaçada em condição contrária ao termo COMPROMISSO, acabamos nos emaranhando nas redes da mentira.
         As mentiras surgem de formas incontroláveis. Me baseio em experiência própria, fui aniquilado pela capacidade inata de outrem mentir. E como mentia bem! Agora entendo por que o Pinóqui não tinha namorada, além de ser um cara de pau, mentia demais.
           Vou dormir! Estou cansada(o) e amanhã tenho que acordar cedo. A mentira não tem sexo, parte tanto do homem, quanto da mulher. Não existe hora nem lugar, muitas vezes não há nem limites para quem tem esse mau hábito.
           Acordar cedo nada... na verdade, é tarde. A mentira já foi lançada e alguém vai ver e entregar o seu passeio sorrateiro às escondidas. Mas, a questão da mentira vai muito além da descoberta dela própria. Nessa hora me indago sobre o questionável bordão... “O amor é cego”. Afinal, quem foi que disse que isso se refere a beleza exterior? Não é! Se olharmos mais institivamente veremos que isso se trata do querer acreditar. Mentiras são contadas e muitas vezes o credo se dá à quem não quer afrontar à descoberta. Acreditamos na mentira para minimizar as perdas.
          Ela(e) mentiu pra mim, por quê? Não interessa o porquê. Mentiu e pronto.
          Mas, o que tenho que fazer? Aperta o foda-se! Não dá pra ficar com alguém em que não se pode confiar.
          Porra! Porque fazemos diferente então? O amor é cego e besta! Ou basta? Fingimos que não sabemos de nada com medo de perder quem amamos e acabamos perdoando sem ônus algum ao ser ultrajante. Parabéns!  Atestamos que somos cegos, surdos e burros. Ninguém é de ninguém! Essa premissa sim é verdadeira. Mentira é dizer que o amor é eterno. Podemos até dizer que é terno, até a primeira mentira.
         A primeira mentira, aceitamos na condição de “boa praça”, mas aceitar outras é acabar em desgraça. A mentira é uma bola de neve, começa bem pequenina e depois vai aumentando, a pessoa se sente segura em nunca ser descoberta. Acabamos dando pernas longas à mentira e depois fica difícil caminhar com o peso dela sobre as costas.
         A única coisa proveitosa que posso explanar sobre a mentira é: “- Minta! Se acreditar que isso irá salvar a sua vida, pois do contrário, ela pode transformá-lo ao nada que você sempre foi”...
                                                                                                                                   ... uma grande mentira.
      Seja verdadeiro! A dor da verdade nos faz melhor, a ilusão da mentira nos faz banais.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E se o amor não vier?

         As pessoas passam muito tempo à espera desse sentimento. Esperar pra quê? Geralmente ele vem quando a gente menos espera. Será que a esperança de tê-lo nos faz clamá-lo e ansiarmos tanto por ele? Não sei ao certo como segue a carruagem, mas vos digo que não é um conto de cinderela. Penamos na conquista, e depois temos um trabalho árduo para controlar os conflitos. Dane-se... enquanto estamos buscando, que seja assim mesmo - bagunçado.
          Na verdade, o que não pode é dar sorte ao azar ou aos azarões que correm por fora. Seja homem ou mulher sempre tem alguém de olho na sua graminha verde, e querendo deitar. Devemos aparar os problemas e sanar os conflitos. Todo ser humano tem seus dias em que os percalços se sobrepõem. Enfim, não alimente esse filho não prodigo e siga na sintonia do amor incondicional. Aff! Como se fosse fácil assim.
          Na verdade não é. Amores vem e vão, simplesmente pelo fato de sermos inconsistentes. O amor não acaba, a gente que acaba com ele. Nossos propósitos continuam os mesmos, mas nossas convicções oscilam e se tornam aderentes.
          Dái a Cézar o que é de Cézar! E o Don Juan de Marco vai ficar com o quê? Esse Cézar acaba com tudo! Todo mundo já cedeu à Cézar o que era seu. É hora de fazer piquete e deixar de entregar as fraquezas ao "Império da Dor". Afinal - Amor com amor se paga. E nem cobra taxa, só paciência mesmo. Muita paciência. Na real meus caros, é preciso muita paciência, bom senso e ponderação. Que bom seria se fosse fácil amenizar tolos conflitos. Parece que quanto mais bobos os motivos, maior é o estrago.
          Guerra aos infiéis e as meretrizes, o amor não é palco de atores e atrizes. É vida real e o amor não é banal , muito menos peça teatral. Temos o coração que dói e parte, surgem feridas que doem e ardem e as lembranças das mágoas, pasmem. Ficam ali por quase toda eternidade do pouco finito que temos direito antes do findar da nossa vitalilidade.
          A vida é arte, mas não dê uma de artista quando o quadro não vale a tela gasta. Vontade, descisão e fidelidade é o que basta, o resto é piada.
          Se o amor não vier, invente uma música e dance... dance como quiser.
          Mas seja sempre o maioral... e não o Zé!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Vida de Solteiro

Existem pessoas que estabeleceram a unidade, sempre ignorando a possibilidade de par. Chamados de solteiros convictos, são invictos, nunca perdem e parecem sempre vencedores colecionando troféus. Vale tudo e todos, só não vale se apaixonar. Nessa aventura de começo emendado ao fim, parece não haver limites e nem riscos. No máximo, os riscos existentes são sobre os nomes das vítimas em um caderno amarelado pelo tempo. Afinal, nunca vi um caçador que não abata a sua caça.
Desejo sorte a alguns desses solteirões convictos, imaginem quantas pragas são emanadas a estes. E olha que praga de mulher magoada pode atrasar a vida deles por pelo menos dois finais de semana. Pura seca! Mas, num todo, é admirável tamanha desenvoltura, a habilidade de conquista é digna de um jogador de Poker. Aposta alto, manda um blefe e leva tudo. O problema é que alguém vai ficar sem nada, sem ao menos um telefonema no dia seguinte. Mas se há vencedor, do outro lado tem que haver perdedores.  
Vida de jogador de xadrez não é com eles, aquele negócio custoso de traçar estratégia, medir os riscos de cada movimento e ainda ter que proteger a “Rainha”. Definitivamente, isso é coisa pra quem pode dedicar tempo, compromisso e envolvimento.

A evolução sentimental está em retrocesso, o homem retomando o seu instinto mais selvagem e voraz, marcando novos tempos com um remake do início da humanidade. A diferença é que hoje, o “Homem das Cavernas” tem um apartamento confortável e não sai arrastando as mulheres pelos cabelos, eles as arrastam pela fragilidade e pela carência.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

"A vida é um banquete maravilhoso e a maioria dos idiotas continuam morrendo de fome"! (Tia Mame)


O único momento em que podemos lançar mão do nosso amor próprio é quando recebemos o amor incondicional. Amores que se fundem em uma única causa... Felicidade.
O "Amor" não deveria ser uma moeda de troca. Atualmente o que mais se vê é o comércio imoral dessa nova moeda. Pessoas se vendem barato demais, é como se o caráter, a integridade e a moral estivesse à venda. Existem as mais diversas situações em que podemos perceber esse tipo de comercialização. O tão sonhado amor incondicional é artigo em extinção. O que está acontecendo com as pessoas? A essência do amor que pudemos desfrutar durante séculos, o saudoso romantismo, se perde mais e mais a cada dia nessa retração do compromisso.
Hoje as pessoas ficam - na verdade elas não ficam - elas caminham na contramão dos conceitos básicos de:  família;  tradições;  bons costumes. Aprendemos a conviver com um novo tipo de solidão, aquela em que estamos com todos e ao mesmo tempo sem ninguém. Ainda há pessoas adeptas desse novo estilo de relação mesmo acreditando no amor. Mas são egoístas demais para renunciar esse leque de opções existente no mercado. Afinal, difícil é encontrar alguém que queira compromisso sério.
As pessoas parecem produtos que se expõem em prateleiras ao alcance das mãos. Talvez a base familiar tenha enfraquecido em meio a um mundo cada vez mais globalizado. A velocidade com que a informação entra em nossas casas em tempo real e sem filtro é perigosíssima. A internet acabou virando uma ferramenta poderosíssima, formadora de opinião e articuladora de debates. É preciso ter muito cuidado com a forma e o com o conteúdo que navega nessa rede do bem e do mau.
Estamos presos a essa inovação e com pena máxima, vivendo na solitária.
Se libertar de tudo isso? Só se for por bom comportamento.